Nada
além
Nada além de
cócegas me faz sorrir
Um toque sem
sentimento
Um sorriso sem
fundamento
Nada além de
cebola me faz chorar
Um ar contaminado
Lágrimas sem
respaldo
Nada além do sono
me faz sonhar
Uma esperança
inconsciente
Sonho
inconsequente
Nada além do além
me faz viver além de mim
Mosca
Uma mosca mais
leve
Que leve uma asa
Que se debata no
ar
Ferindo a
gravidade
Numa acentuada
velocidade
No pleno direito
de estar
Uma mosca mais
tosca que eu
Mais veloz que um
avião
Mais espreita que
o camburão
Uma mosca
sanguinária
Desenha quadros de
sangue meu
Enquanto seu canto
em meus ouvidos soar
Enquanto diante de
mim se por a bailar
Irei aplaudi-la
Amortecer
Tecer amor
Amortecer
A morte ser
Amortecer
Ser amor
Amortecer
Tecer a morte
Amortecer
Tecer e ser
Amortecer
Amor e ser
Amortecer
Amor-te-ser-mais
Amortecer
Amortecer
Amortecer
Amortecer...
Mais que nada
Máquina, máquina, máquina, máquina
Máquina mente
Maquina mente
Máquina, máquina, máquina, máquina
Máquina e mente
Máquina e mente
Maquinamente
Maquinamente
Maquina ta
Maquina ta
Maquina ta parada pra exterminar
Maquina da
Maquina da
Maquina da nossa espera germinar
Mínima máquina
Mínima máquina
Mínima máquina
Minimamente máquina
Quanto mais maquina
Mais mente
Mais mente maquinada
Mais morte de mente
Demente minimamente maquinado
Nas manobras da mente maquinada
Cabeça de fósforo
Explode tua cabeça
Na contramão do
risco
Que se corre
Do berço ao túmulo
Caminhei (...)
Dois em um
Singulares está no
plural?
Você está em mim?
Dopamina
Equilibre o
calibre
Da dopamina
Calcule o caule
Da planta
Introduza a musa
Na arena
Ao semear o ar
Da terra
Cultive o culto
Do canto
Tateie a teia
Da aranha
Desdobre o dobro
Do necessário
Fomente a mente
Da certeza
Saboreie o ápice
Do apetite
Bendiga e diga
mais
A seriedade
Pratique no pique
Do atípico
E amorteça a morte
Do teu ser
Gado
Obrigado a brigar pelo gado, pelo ar
Pelos pelos obriga(do) estar
(A)trair crianças inocentes
Sem ti(r)
Jovens delinquentes
Em todo e qualquer canto
Obrigado
Palco
Arte(fatos)
Cibernético
Chutando o vento
Olho para o além
E um prédio vai a
frente
Modificaram minha
célula
Passei a chutar o
ar
Com os olhos na
tela do celular
E as lojas me
bombardeiam
Eu sei que preciso
do produto
Devoro com o
olhar, e o ar eu chuto
Me ofereço ao
mercado
Inteligente e
malhado
Impune a todo
alheio insulto
É caô do cais, é o
caos do cão
O cibernético
corroendo o real
O real corroendo a
realidade
Sangra a verdade
Nas dores da
felicidade
Quanto mais prazer
o corpo anseia
Tanto menos alma a
vida invade